terça-feira, 23 de setembro de 2014

Brasil precisa "dar um salto" em ciência e tecnologia, diz presidente da Finep


        O presidente da Finep - Inovação e Pesquisa, Glauco Arbix, disse hoje (23) que, apesar dos avanços registrados na área da ciência, tecnologia e inovação, o Brasil ainda precisa "dar um salto" para superar a grande distância que o separa dos países mais avançados e das  áreas de fronteira do conhecimento.
De acordo com Arbix, ocorreram no sistema de ciência e tecnologia fatos significativos, como a ampliação da infraestrutura de pesquisa, a multiplicação do número de fundações de Amparo à Pesquisa, a aprovação de leis estaduais de inovação e a preocupação dos governos em desenvolver essa política. O presidente da Finep lembrou que 7 mil empresas já desenvolvem práticas de pesquisa e desenvolvimento de forma constante no Brasil, incorporando-as em suas estratégias de crescimento.
O presidente da Finep informou que os investimentos em pesquisa e desenvolvimento respondem por 1,2% do produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços fabricados no país). Ciência e tecnologia, por sua vez, têm participação de 1,5% no PIB. “Para evoluir, é necessário investimento constante”, disse Arbix.
O Congresso Nacional já aprovou que 75% dos recursos irão para educação e 25% para saúde. O problema é fazer com que os recursos cheguem ao setor, enfatizou.
Esse último parágrafo para mim, explica grande parte do problema de investimentos na área tecnológica. Recurso existe. Porém o grande entrave, é levar esse dinheiro onde de fato, precisa chegar. Para o país desenvolver tecnologicamente, não existe uma fórmula mágica. Seria necessário realmente os recursos chegarem nas escolas, investindo, preparando e incentivando nossas crianças e jovens a buscarem crescer nessa área, seria um grande passo. A educação é a base para o país se desenvolver. Todos sabem disso. 
Países de primeiro mundo investem, e investem pesado na educação. Existem países ainda em que o seu aumento do PIB deve-se à exportação de tecnologias e patentes.
Nós exportávamos matéria-prima, passamos a exportar mais tarde,também tecnologia, porém com a atual desindustrialização em que estamos passando, voltamos a dar prioridade à matéria-prima. Tecnologia não é um investimento de retorno rápido, 
mas sim um retorno de longo prazo, contínuo e sustentável. 
  Como disse Arbix, O problema-chave é: “ou conseguimos potencializar e otimizar os recursos, ou teremos muita dificuldade em dar um salto em ciência, tecnologia e inovação´."



Fonte: http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2014/09/23/brasil-precisa-dar-um-salto-em-ciencia-e-tecnologia-diz-presidente-da-finep/
Foto: http://tecnologia.culturamix.com/tecnologias/a-tecnologia-no-brasil-e-no-mundo/attachment/a-tecnologia-no-brasil-foto-2